Edge Computing: o novo processamento de dados
Como toda tecnologia, a internet viveu diferentes estágios e continua se aprimorando. No momento atual da internet, conhecido como web 3.0, o movimento de descentralização e a edge computing estão no centro do debate.
Nesse artigo, você vai entender melhor o que o conceito de edge computing tem a ver com esta terceira onda da web. Também vamos falar sobre benefícios e aplicações da também chamada computação de borda.
Web semântica e edge computing
Metaverso, cidades inteligentes, blockchain, inteligência artificial, internet das coisas (IoT) são algumas das aplicações relacionadas à Web 3.0, ou Web Semântica. Na atual fase web, onde há enorme quantidade de conexões e troca de dados entre o mundo físico e o digital (phygital), a velocidade, a segurança e o tempo de resposta entre os dispositivos e os usuários são fundamentais. A Edge Computing entra em cena justamente para suprir as demandas deste novo momento.
Neste contexto de vastas conexões, o tratamento das informações torna-se diferenciado. É como se a web fosse um grande banco de dados, ou assistente particular, que se abastece na interação homem-máquina, a partir do reconhecimento de padrões de comportamento.
Quem pesquisa na internet precisa que os dados se apresentem de forma cada vez mais direta, correta e integrada. Um consumidor que procura por uma loja ou supermercado para as suas compras quer acessar rapidamente locais para compra, preços, taxas de entrega e disponibilidade com agilidade e assertividade. E, para atender essa demanda, na Web 3.0, cada um desses elementos de pesquisa será tratado como uma única informação disponibilizada ao usuário, a partir da melhor comodidade e experiência.
A descentralização é chave na Edge Computing
Em termos infraestruturais, um dos pontos cruciais para que esse conceito se concretize é a descentralização, que tem tudo a ver com edge computing.
Muitos usuários finais não fazem ideia, mas em se tratando do Brasil e, no cenário do Web 2.0, para que a internet funcione, são utilizados grandes data centers, em geral, situados na região sudeste do país.
O porém é que, no caso de aplicações como a realidade aumentada ou veículos autônomos, por exemplo, a latência – ou seja, o tempo de resposta que uma mensagem ou pacote de dados leva para fechar o circuito que vai da chegada ao centro de processamento ao retorno ao usuário final – precisa ser muito menor. Imagine um carro autônomo tendo de frear bruscamente. Sem uma rede descentralizada, o tempo de frenagem será longo demais, pois a informação de que o carro deve frear vai ter de “viajar” grandes distâncias entre o dispositivo (o carro autônomo) e o data center. No cenário da edge computing, descentralizado, o dado viaja uma distância menor, viabilizando veículos autônomos, por exemplo.
Daí a necessidade da descentralização do processo de processamento das informações relacionadas ao uso de serviços digitais e aplicativos. Edge Computing se trata justamente de pulverizar a infraestrutura do circuito de tratamento dos dados. Os grandes data centers dão lugar a legítimas constelações, compostas de centros de processamento de informações menores, por sua vez interligados a data centers potentes, num ambiente de Hub.
O funcionamento e os benefícios da computação de borda
De forma bem prática, edge computing é uma infraestrutura de TI em que os dados gerados pelo usuário são tratados o mais próximo possível da fonte dessas informações, ou da borda da rede. Daí a terminologia computação de borda.
Por sinal, é uma base tecnológica indispensável em se considerando a expansão da rede 5G. Na operação desse padrão, a capacidade computacional na ponta passa a ser crucial para um bom tempo de resposta. Ou seja, não há mais como abrir mão de aproximar o centro de processamento dos dados da origem das informações ali tratadas.
A computação de borda torna o processamento de dados mais ágil, seguro e eficaz ao usuário final. Para provedores de serviços, é a garantia de aplicações rodando com baixa latência e alta disponibilidade, ainda permitindo o monitoramento em tempo real.
Confira alguns dos principais benefícios trazidos pela edge computing:
- Redução dos custos: associados às transmissões de dados de longa distância;
- Menos atrasos, falhas e interrupções: numa estrutura distribuída, problemas ocorridos em determinados pontos de processamento dos dados não afetam outras áreas; o que garante mais estabilidade;
- Diminuição da latência: o tempo de resposta passa a ser praticamente instantâneo;
- Maior operacionalidade: a operação de rede se torna simplificada, flexível, escalável e, portanto, muito mais eficiente;
- Uso assertivo e seguro: a geração de informações ocorre praticamente em tempo real, permitindo análises de big data de forma muito rápida pelos provedores. É um fluxo dinâmico e certeiro para a melhor tomada de decisão e que ainda ocorre com menos risco de exposição dos dados confidenciais.
Uma tecnologia que serve a diferentes áreas
Diante desses benefícios, há cenários bastante diversos que os provedores MSP podem explorar, tirando proveito dessa infraestrutura para um processamento de dados flexível, otimizado e consistente:
- Transformação digital na indústria: para o contexto industrial 5.0, recursos de inteligência artificial e internet das coisas (IoT) são imprescindíveis e precisam estar alinhados à velocidade na conexão e integração de dados. O contexto perfeito para a computação de borda;
- Mercado gamer: os jogos em rede, muitas vezes baseados em realidade aumentada, e cada vez mais interativos, tem na edge computing o suporte ideal para diminuir a latência e otimizar o tempo de resposta;
- Cidades e carros inteligentes: os espaços urbanos smart geram dados em alto volume. Nesse caso, uma infraestrutura descentralizada para o processamento de informações permite conexões melhores e agrega inteligência ao tratamento dos dados. Em se considerando os carros autônomos, velocidade e precisão no processamento são cruciais para uma resposta rápida e segura aos comandos, por parte do veículo;
- Acesso inteligente e promoção de segurança: são outras áreas em que a computação de borda representa vantagem competitiva. Imagine um prédio comercial cuja entrada é controlada por biometria ou reconhecimento facial. A leitura e interpretação da digital ou do rosto precisa ser imediata, certo? E isso é muito mais viável com o processamento de dados ocorrendo numa estrutura distribuída.
A Computação de borda é uma tecnologia de ponta na qual os provedores de serviços gerenciados precisam estar de olho.
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