Se sua empresa está de olho numa engrenagem de computação em nuvem que efetivamente agregue inteligência e diferencial competitivo, ou precisa atualizar estrutura atual, leia esse texto até o final. Vamos entender as potencialidades do CloudStack para tornar sua TI dinâmica.

Nos últimos anos, as tecnologias de Internet e cloud computing deixaram de ser figurantes e se tornaram protagonistas das estratégias de negócios. As empresas tem procurado se transformar – ou ao menos se adaptar – a tendências como automação, robótica, data science, inteligência artificial, infraestrutura como código (IaC). São temas ligados ao que o mercado tem chamado de cloud native, ou aplicações e tecnologias nativas da computação em nuvem.

Esta tendência tende a acelerar com a chegada do 5G ao Brasil, e a visão de cloud computing vem consistentemente evoluindo para o conceito de Edge Computing, entrando em cena a necessidade de automatização de tarefas e poder de processamento na ponta, infraestrutura computacional para viabilizar a chamada web 3.0.

Nesse contexto, se evidencia o papel de plataformas como o CloudStack,  um software livre para construção de nuvens computacionais Cloud e Edge Computing. A plataforma de orquestração permite virtualizar toda a infraestrutura de TI: Redes (roteadores, firewalls, balanceadores de carga, vlans), processamento físico, VMs, Containers, armazenamento primário e secundário, backups; dentre outros, de maneira resiliente, segura e automatizada.

CloudStack: o conceito de uma solução de ponta

Contar com um orquestrador atual como uma camada intermediária entre o usuário e a toda sua infraestrutura de TI, que permite a automatização de processos, seja através de console gráfica (GUI), linha de comando (CLI), ou até mesmo a partir de integrações com outras aplicações (restAPI) faz total diferença. Tudo é controlado de maneira centralizada, e todos os acessos (sejam das equipes de TI ou de desenvolvedores e usuários finais) são controlados e auditáveis.

O Cloudstack compartilha das mesmas definições e protocolos dos fornecedores de nuvem pública, o que garante sua efetividade de utilização em cenários de nuvens híbridas, onde parte do processamento é realizado em nuvem privada e parte em nuvem pública, de maneira segura.

A visão de times mais ágeis e apoiados por processos dinâmicos e automatizados está entre os grandes motivos para que as empresas estejam cada vez mais ligadas nas soluções de Cloud Computing. Dentre os benefícios colhidos pelo seu negócio está a computação distribuída e automatizada, viabilizando o crescimento da atuação geográfica ou digital, sem a necessidade de ter grandes gastos com mão de obra especializada.

Muito além da redução de custos, o uso de cloud computing também garante que sua organização também esteja no rumo que o mercado aponta e tenha condições de absorver as novas tecnologias – ou inovações – de maneira continuada. Dados apurados pelo ”Future of Cloud Computing”, um relatório do Google que ouviu empresas do mundo inteiro, trazem conclusões importantes. Dentre as empresas participantes da pesquisa, 77% acreditam que vão usar ferramentas de computação na nuvem até 2029. E ainda tem mais. Para 87% delas, essa tecnologia é crucial para o aumento da receita nesse período.

Ou seja, Cloud e Edge Computing são estratégias empresariais para agora. Foi-se o tempo em que falamos do futuro da gestão organizacional. E o Apache CloudStack surge como uma das soluções mais assertivas para o trabalho de gerenciamento dos nós computacionais que formam a estrutura de nuvem, permitindo implantar, administrar e configurar espaços de computação seguros e segmentados conforme carga de trabalho.

As principais vantagens do Apache CloudStack

Mesmo sendo menos conhecido, o Apache CloudStack (ACS) é o orquestrador com a maior maturidade do mercado. Sua primeira versão foi disponibilizada em 2008 pela VMops (cloud.com) e doada à Fundação Apache em 2012.

Significa que ele funciona através de tecnologias estabelecidas, garantindo um amplo contingente de mão de obra disponível. Todo conhecimento que você precisa ter pata construir e operar um nuvem ACS é equivalente ao de um SysAdmin Linux.

O ACS também é a plataforma de orquestração com o maior número de downloads, além de ser apoiada pela maior comunidade open source do mundo, a Fundação Apache.

Alguns dos benefícios experimentados por quem utiliza a plataforma

• Rapidez na inovação: O ACS permite o self-service de infraestrutura de TI para o usuário final, além da automatização das tarefas repetitivas do dia a dia dos time de TI. Isso livra o tempo do seus colaboradores para pensar e atuar em soluções que gerem inovação e valor para o negócio;
• Automatização: as atividades de gerenciamento são executadas de forma centralizada e segura. O acesso via internet é prático e as áreas de trabalho virtualizadas podem ser mudadas, removidas ou criadas remotamente. As rotinas de entrega e gestão de TI são aceleradas e simplificadas;
• Alta flexibilidade: permite a utilização de múltiplos sistemas de virtualização (hypervisor) de maneira simultânea e é agnóstico ao hardware utilizado. Graças à sua elasticidade, o CloudStack traz perspectivas únicas de ajuste às necessidade do seu empreendimento;
• Segurança e disponibilidade: arquitetura sofisticada de roles e segregação de acessos, feita para suporte a alta disponibilidade, redundância geográfica, e sistemas de missão crítica.

Um passeio pelas características técnicas do CloudStack

Para entender ainda melhor o que faz do CloudStack uma ferramenta tão diferenciada e de que forma injeta competitividade, inteligência e agilidade ao seu negócio, vale a pena destacar alguns fundamentos de implementação, bem como as funcionalidades que destacam o software.

Um projeto mínimo de implantação do CloudStack configura Compute Plane, Control Plane e Data Plane. Geralmente é necessária a aquisição de hardware para o estabelecimento do Control Plane, bem como de um bom par de switches de rede.

O Control Plane contempla três serviços distintos, que são:

• Management server com gerência e orquestração dos recursos disponíveis na infraestrutura, bem como das APIs REST e de uma interface web para o gerenciamento;
• CloudStack Agent (somente necessário para o hypervisor KVM) disponibilizando os recursos computacionais que serão utilizados pela nuvem. Máquinas destinadas à esse serviço devem suportar virtualização, pois nelas serão alocadas as VMs criadas;
• CloudStack Usage (opcional) , com geração de registros sobre os recursos usados na infraestrutura.

A organização lógica da infraestrutura utilizada “abaixo” do Control Plane dividida em:

• Region: maior unidade de implementação de uma nuvem. Agrupa uma ou mais Zones;
• Zone: representa um único data center, composto por um ou mais pods e um secondary storage;
• Pod: representa um único rack no datacenter;
• Cluster: consiste em um ou mais hosts homogêneos e que compartilham o mesmo primary storage;
• Host: uma máquina qualquer que irá atuar como agente;
• Primary Storage: pode operar a nível de cluster e de zone. Ele é responsável por armazenar os discos (também chamados de volumes) utilizados pelas VMs;
• Secondary Storage: opera a nível de zone, armazenando os templates das VMs, ISOs, backups e snapshots.

A estrutura do CloudStack é formada pelos seguintes componentes:

1. Management servers;
2. Hosts;
3. Network: rede que conecta os componentes do ACS. É recomendado fazer uso de segregação de redes, provendo mais segurança;
4. Primary Storage;
5. Secondary Storage;
6. Virtual Router: System VM que emula um roteador, implementando os serviços das redes guest e possibilitando, por exemplo, acesso à internet;
7. Console Proxy Virtual Machine:
8. System VM responsável por apresentar uma visão do console de uma VM qualquer via interface web;
9. Secondary Storage Virtual Machine: System VM responsável por gerenciar um secondary storage. Disponibiliza funções como, por exemplo, download e upload de volumes.

Funcionalidades assertivas

O ponto forte de softwares como o Apache CloudStack é a criação de uma rotina de trabalho produtiva e protegida contra instabilidades. Um caminho garantido a partir de um sólido conjunto de funcionalidades oferecidas de maneira virtual, que endereça as muitas necessidades de infraestrutura de TI:

Serviços de computação

• Provisionamento de VMs e gerenciamento de seus recursos (redes, memória, CPU, discos…);
• Gestão de imagens com as quais as VMs serão criadas;
• Suporte a múltiplos hypervisors tais como KVM, XenServer e Vmware.

Serviços de rede

• Gestão e configuração de redes compartilhadas e dedicadas;
• Criação de VLANS, VXLANS (Overlay Networks) e novas topologias;
• Definição de políticas de acesso e roteamentos;
• Gestão de DNS, QoS, Load Balancers e Firewalls;
• Operabilidade compatível com os principais fornecedores de SDN (Software Defined Network), como o OpenFlow, Open vSwitch, Mido-Net (Midokura) e OpenContrail (Juniper).

Serviços de Armazenamento

• Gestão de discos;
• Armazenamento baseado em objetos e blocos;
• Backups;
• Suporte a SDS (Software Defined Storage), e.g. Ceph/RBD.

Serviços de monitoramento de recursos

• Monitoramento de eventos;
• Apresentação dos recursos disponíveis e utilizados;
• Precificação e cobrança (billing).

E mais:

• APIs REST abertas, padronizadas e documentadas, para gerenciamento de todos os serviços, automação e integração com outras ferramentas;
• Serviço de autenticação com integração nativa com LDAP;
• Suporte a sistemas federados SAML e OpenID Connect;
• Containers como serviço.

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