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RAW ou QCOW2: entenda qual imagem usar no KVM e por quê

Inicialmente, ao configurar máquinas virtuais com o KVM (Kernel-based Virtual Machine) no Linux, uma das primeiras decisões que você precisa tomar é qual formato de imagem utilizar: RAW ou QCOW2. Embora essa escolha pareça simples à primeira vista, ela pode impactar diretamente a performance, o consumo de disco e até mesmo a flexibilidade do seu ambiente virtualizado. Portanto, entender as diferenças entre esses formatos é essencial para garantir a melhor performance e eficiência na sua infraestrutura.

O que é o formato RAW?

Por um lado, o formato RAW representa a opção mais direta e simples disponível no KVM. Trata-se de um arquivo binário sem compactação ou recursos adicionais, que reflete fielmente o conteúdo de um disco rígido virtual. Dessa forma, devido à sua estrutura sem camadas extras, ele oferece uma performance superior, especialmente em ambientes onde o I/O (entrada e saída de dados) é crítico.

Além disso, o RAW é amplamente compatível com diversas plataformas e soluções de backup, o que o torna ideal para cenários de produção que exigem confiabilidade e velocidade. Contudo, vale destacar que ele tende a ocupar mais espaço em disco, já que o sistema reserva todo o espaço alocado no momento da criação da imagem, mesmo que parte dele não seja utilizada.

O que é o formato QCOW2?

Por outro lado, o QCOW2 (QEMU Copy On Write) é um formato mais moderno e avançado, desenvolvido para oferecer recursos adicionais que o RAW não contempla. Entre suas principais funcionalidades estão o suporte a snapshots, compactação dinâmica de dados e até encriptação nativa.

Consequentemente, o QCOW2 é ideal para ambientes de teste, desenvolvimento e situações em que a economia de espaço é relevante. Como ele aloca espaço em disco sob demanda, o armazenamento é utilizado de maneira mais eficiente. No entanto, a camada adicional de gerenciamento traz uma leve perda de performance em comparação com o RAW, o que pode ser um fator limitante em aplicações que exigem alta velocidade de leitura e escrita.

Comparativo: RAW ou QCOW2

Em comparação direta, ambos os formatos têm suas vantagens e desvantagens. O RAW se destaca por sua performance bruta e simplicidade, tornando-se ideal para produção e workloads intensivos. Já o QCOW2 brilha em flexibilidade, economia de espaço e funcionalidades avançadas.

Além disso, soluções como  Openstack e Apache Cloudstack oferecem suporte a ambos os formatos, mas algumas operações, como backups incrementais ou restauração de snapshots, podem ser mais otimizadas no QCOW2. Veja um resumo comparativo:

  • Performance: RAW > QCOW2
  • Uso de disco: QCOW2 > RAW
  • Snapshots: QCOW2 ✅ | RAW ❌
  • Compatibilidade: RAW ✅ | QCOW2 ✅ (com algumas limitações)
  • Encriptação e compactação: QCOW2 ✅ | RAW ❌

Portanto, a escolha deve ser baseada no equilíbrio entre performance e recursos adicionais.

Qual imagem escolher para seu ambiente KVM: RAW ou QCOW2?

Dependendo do cenário, a melhor escolha pode variar significativamente. Se você está construindo uma infraestrutura de produção que exige desempenho máximo, como servidores de banco de dados ou aplicações web de alta carga, o formato RAW certamente será a opção mais indicada.

Logo, se sua prioridade é flexibilidade, como a capacidade de fazer snapshots rápidos, realizar backups frequentes ou economizar espaço em disco, o QCOW2 será a melhor escolha. Ele também é recomendado para ambientes de desenvolvimento, onde o dinamismo e a agilidade são mais valorizados do que a performance máxima.

Sendo assim, é importante considerar também os requisitos da sua ferramenta de backup e gerenciamento, pois nem todas suportam todos os recursos dos dois formatos.

Dicas práticas de uso

Para finalizar, vale trazer algumas orientações práticas que podem facilitar o uso diário dos formatos RAW e QCOW2. Ferramentas como o qemu-img permitem converter facilmente entre os dois tipos de imagem com comandos simples:

qemu-img convert -f qcow2 -O raw disk.qcow2 disk.raw

Ou vice-versa:

qemu-img convert -f raw -O qcow2 disk.raw disk.qcow2

Por fim, é importante lembrar que, no caso do QCOW2, o uso excessivo de snapshots pode afetar a performance. Portanto, é recomendável consolidar os snapshots periodicamente para evitar lentidão.

Conclusão sobre a escolha entre RAW ou QCOW2 

Em conclusão, tanto o RAW quanto o QCOW2 são formatos válidos e funcionais no KVM. Assim, a escolha ideal depende das necessidades específicas do seu ambiente. Se você busca performance, o RAW é imbatível. Por outro lado, se você precisa de funcionalidades extras como snapshots, compactação e economia de espaço, o QCOW2 será seu aliado ideal.

Resumidamente, a decisão entre RAW e QCOW2 deve levar em conta fatores como desempenho, recursos, compatibilidade com ferramentas e o tipo de workload. Aqui na SC Clouds, ajudamos você a implementar soluções KVM eficientes e seguras, com a imagem ideal para cada necessidade. Entre em contato e descubra como podemos otimizar seu ambiente Linux!

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